quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

O Mercado estagnou, você não.



    Há meses já venho falando sobre as tendências do desaquecimento do mercado em geral em 2015. Apesar de muitos terem lido ou visto diversos assuntos, a devida importância só está sendo dada neste momento em que muitos profissionais e empresas estão vivendo exatamente essas consequências.

    O ano de 2014, especificamente no Brasil, induziu o consumismo desenfreado no primeiro semestre e a retaguarda no último trimestre. Carnaval, Copa do Mundo, Eleições ... Os brasileiros viajaram, se endividaram, torceram... A crise começou em meados de julho, mas ainda era muito cedo para se pensar em algo pior pois absurdamente o país cruzou os braços: "Vamos esperar as eleições". Ouvi isto de inúmeras pessoas/empresas que diziam que aguardariam o resultado das eleições para se tomar atitude, como se um partido fosse surpreendentemente mudar a economia em curto prazo. Enfim, o resultado de muitos fatos que ocorrem hoje são mais especulações/retaliações do que dados reais. Bom, deixemos a política de lado.

    Em resumo, o que vemos agora, é o PIB diminuindo, os juros aumentando, os brasileiros se endividando e se desempregando. A indústria automobilística inicia 2015 com um alto índice de demissões. O comercio atacadista e varejista teve o pior desempenho comercial dos últimos 3 anos (dados divulgados pela FGV em 05/01/2015). Afinal, o que se fazer nesta hora? Algumas atitudes e decisões são fundamentais.

    Para o empregado:

    1. É comum as empresas reduzirem o quadro de pessoas para conter a turbulência. Os serviços são compartilhados e as funções acabam-se por misturar. Mantenha-se motivado buscando aprender ao máximo as rotinas / tarefas do outro setor como forma de garantir sua empregabilidade, e, também, de aprendizado. Não é hora de resmungar e sim de "arregaçar as mangas" e trabalhar na coletividade. Desempenhe o melhor trabalho do melhor profissional que existe dentro de você.

    2. Não é hora de pleitear aumento salarial. O trabalho aumentou? Sim, mas, entenda que neste momento, a empresa precisa de você para superar a crise. Não se preocupe demasiadamente com reconhecimento financeiro neste momento.

    3. Entenda o cenário econômico: uma crise gera um efeito em cadeia mas jamais será multilateral. Existem alguns setores que apesar de toda a crise ainda vislumbra oportunidades. Caso perceba um certo risco no emprego, não perca tempo em sondar as oportunidades reais do mercado.

    4. Invista na sua educação e no seu profissional: aproveite para se especializar para quando o mercado reaquecer você estar à frente e totalmente competitivo com os seus concorrentes. Procure MBA, pós graduações e até especializações técnicas na sua área. Invista em você.

    5. Ter paciência para tomar as melhores decisões é fundamental para o profissional não se atropelar e tomar atitudes que o levarão à consequências desastrosas futuramente. Muitos profissionais com receio do desemprego já iniciam uma caçada desesperadora por um outro emprego e toma decisões totalmente erradas ou equivocadas. Paciência.

    6. É a hora de aproveitar o Network sem ser oportunista. Se você tem uma boa rede de relacionamentos, está na hora de sondar o mercado e as oportunidades. Mas, por favor, não seja oportunista: não comece agora contatos com pessoas que você por puro desinteresse deixou de conversar há muito tempo. É deselegante e demonstra desespero.

    Para as empresas:

    1. Aperte os cintos: não é momento de contratar a não ser  que seja  contratações  oriundas de um bom planejamento estratégico para crescimento, feitos cautelosamente. O ideal a se fazer é suprir os talentos internos e aproveitar o máximo deles segregando as tarefas dentro das equipes.

    2. Cuidado com a perda de talentos: muitas empresas demitem baseando em salários e não em retorno. Já vi diversas empresas perdendo excelentes talentos humanos e comprometendo seriamente as atividades por decisões baseadas apenas em capital. É preferível reduzir a margem e manter talentos, do que perder talentos e a margem consecutivamente.

    3. Refaça seu orçamento, planeje seu fluxo de caixa. Não é momento de trabalhar visões de curto e médio prazo otimistas. Para continuidade da empresa e para sobrevivência no período de caixa enxuto, trabalhar com a pior das hipóteses é fundamental e necessário para evitar surpresas.

    4. Analise o tempo todo o seu concorrente. Mire-se no seu concorrente e verifique todos os seus passos. Procure saber se ele está melhor ou pior que você, quais as atitudes governamentais/empresariais que ele está praticando na crise, quais recursos ele utiliza, etc.

    5. Fortaleça a união das equipes. Neste momento a "rádio peão" fala mais alto e é importante que os líderes / gestores trabalhem a harmonia no clima. Isto parte de cima para baixo.

Um excelente 2015 e que todos possamos superar a crise com sabedoria!

Shirley Cipriano

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