A Robert Half de São Paulo, empresa especializada em
recrutamento e seleção divulgou uma pesquisa recente sobre as dificuldades
encontradas pelos profissionais na execução de suas tarefas diárias.
Dos 1022 entrevistados, 58% reclamam que suas tarefas são
constantemente interrompidas por outras necessidades do seu superior imediato
(chefe). Eles acusam essas tarefas de serem urgentes de acordo com a concepção
do chefe. O restante da pesquisa possui equilíbrio entre os demais tipos de
interrupções:
ü
Excesso de e-mails
ü
Reuniões não programadas
ü
Telefonemas extensos de clientes
ü
Dificuldade em adaptar aos novos
projetos/tarefas.
Este tipo de problema assombra a maioria das empresas, e,
quando as delegações “imediatistas”
partem de cima para baixo, pode haver sim um indício de indefinição de metas e
focos da empresa. Sim, muitos líderes esquecem o foco quando situações atípicas
lhe são cobradas e a consequência é um efeito dominó que se estende para toda a
equipe: “salve-se quem puder”. A verdade é que muitos líderes querem “mostrar
serviço” sem questionar de fato a urgência do mesmo, passando por cima de
muitos e contrariando equipes e subordinados.
O que é o Urgente? é aquela situação que exige sim que
todas as outras tarefas sejam interrompidas para correção ou conclusão, que
gera inclusive sérios riscos ao negócio se não executado. Agora, existem
aquelas tarefas estratégicas que podem
entrar na lista de prioridades em meio a outras tarefas, porém sem o caráter de
urgência, não comprometendo tanto uma atividade que o profissional naquele
momento esteja fazendo.
Quando tarefas estratégicas são traduzidas pela “chefia”
como urgentes, essas passam a comprometer o rendimento do empregado que se
perde constantemente nas rotinas diárias para desviar a atenção para tal, e, ao
final do período, nas análises de desempenho e avaliações de competências, este
mesmo empregado corre o risco de ser mal avaliado nas questões de
“desenvolvimento das atividades rotineiras” pelo fato das mesmas estarem sempre
sendo comprometidas por outras tarefas inoportunas.
Se você vive essa situação como profissional, está na hora
de ter uma reunião séria com seus superiores imediatos a fim de esclarecer
quais são realmente as suas prioridades e principalmente quais são as
prioridades da empresa. Essa conversa serve até mesmo de alerta para a alta
direção que pode também estar vivendo essa situação de conflito entre tarefas
urgentes e tarefas estratégicas colocando em risco o bom desempenho da
organização e das equipes.
E se você é o líder, chefe, ou superior imediato que
comumente convive com essa situação, pare um pouco, pense e reflita: “será que
não está na hora de eu começar a estabelecer prioridades, analisar melhor o
foco da empresa e saber julgar no momento exato o que é urgente e o que é
estratégico?”
Boa semana à todos!
Shirley Cipriano