segunda-feira, 23 de junho de 2014

O Analfabetismo Científico – o maior problema no recrutamento de candidatos


Com a melhora crescente da economia e das relações de trabalho nas últimas duas décadas, especificamente no Brasil, diversas pessoas tiveram acesso a cursos de nível superior. Inúmeras faculdades foram implantadas, e, distribuíram cursos e especializações, hoje, questionáveis pelo Ministério da Educação. Na verdade, o governo só começou a se atentar sobre a qualidade do aprendizado dos cursos superiores nos últimos 5 anos, com uma fiscalização mais eficaz.

Enfim, recentemente o Instituto Paulo Montenegro juntamente com a Organização não Governamental Ação Educativa divulgaram números alarmantes: 60% dos brasileiros com idade entre 15 e 40 anos sofrem de analfabetismo científico: é a incapacidade de compreender e aplicar conceitos científicos básicos no dia-a-dia, ou trabalhar e aplicar na empresa conceitos mais complexos do que sua vivência rotineira.

Em regras gerais, 48% dos jovens sabem interpretar tabelas e gráficos porém não conseguem analisá-los e propor soluções, e, 16%  sabem ler e escrever mas não compreendem textos científicos, ou seja, tudo que foge ao vocabulário cotidiano não é interpretado: isto é ocasionado pela falta de hábito de leitura e a substituição de telejornais que trabalham linguagens formais por telenovelas que expressam apenas vocabulários populares.

Isso é um sério problema de recrutamento e seleção nas empresas. Àquelas empresas mais técnicas e exigentes costumam divulgar vagas por meses, ousando comprometer o trabalho de equipe com um quadro de pessoal mais reduzido do que arriscar um candidato que fatalmente não dará certo. Outras, mesmo já apontando em testes psicotécnicos, gráficos e gramaticais, riscos no profissional, estas optam por testá-lo e acabam gerando um alto giro de colaboradores que não se “encaixam” na vaga.


Duas dicas são fundamentais para eliminar estes riscos:

Para a empresa: chegamos a um nível que não basta boas referências de trabalhos anteriores do profissional. É necessário aplicar testes de conhecimento científico bem apurados, pesquisar conceitos do MEC na avaliação dos cursos e faculdades cursadas pelo candidato e conter bruscamente a ansiedade em substituir rapidamente um membro da equipe. Essas ações eliminam grandes riscos ao escolher um candidato.

Para os profissionais: recicle-se e especialize-se. Talvez o curso ou a faculdade não sejam realmente os mais conceituados do mercado mas sempre existe a possibilidade de corrigir e aprimorar conhecimentos. Buscar especializações em instituições recomendadas é essencial.  Dedicar no mínimo meia hora por dia ao hábito de leitura, aliás, textos mais complexos e criar o hábito de assistir a telejornais mais técnicos geram com um certo tempo a capacidade e a habilidade científica, ausente em 60% dos brasileiros.

Então, vamos ler mais e procurar assistir a alguns programas mais cultos para que possamos evitar riscos de recolocação profissional e termos uma capacidade melhor de conversar e articular com outras pessoas.


Boa Semana à todos!

Shirley Cipriano

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