terça-feira, 7 de agosto de 2012

A importância de um plano de sucessão de carreira em empresas familiares


Encontramos no mercado inúmeras empresas familiares de médio e grande porte que cresceram e se destacaram no mercado. Carregam com elas grandes marcas e empreendedorismo de sucesso.

Um desastre notório em Minas Gerais chamou a atenção dos brasileiros com tragédia envolvendo o sócio fundador da Vilma Alimentos e seus executivos. Alem da comoção, muitos pensaram: o que será do futuro dessa empresa tão bem aceita no mercado? O susto foi maior com anuncio rápido da posse da presidência de sua filha. Em primeiro momento muitos pensaram: “essa empresa não vai sobreviver”  ou “essa pessoa não cuidará de entregar o recado”.

Engano de muitos. A filha já vinha sendo preparada há anos para assumir o posto mais alto da Vilma Alimentos. E o mais importante: o planejamento estratégico e de gestão da empresa permitiu que tal mudança ocorresse com tanta rapidez que não foi possível o mercado sentir pesar por muito tempo.

Esse assunto me chamou a atenção para  a necessidade das empresas implantarem o Plano de Sucessão Familiar. Alguns donos de impérios conseguem isto com maior facilidade, despertando notoriamente o interesse de sua prole em continuar com a administração dos negócios familiares. Porem, prestando consultoria a diversas empresas estou observando que alguns outros empresários encontram dificuldades grandes em atrair seus descendentes para os negócios da empresa, e, essa por sua vez essa corre um enorme risco de ser enterrada junto com seus sócios fundadores. Neste caso, a síndrome do pai rico e filho pobre fica clara sob duas linhas:

ü  O filho que deseja seguir outra carreira que não a dos pais mas depende financeiramente deles;

ü  O filho que não tem interesse em seguir carreira alguma mas na ausência do pai assumirá sim a gestão da empresa visando unicamente a manutenção do seu dinheiro e padrão de vida;

Em ambos os casos o fim da empresa está decretado. Recentemente um empresário que passa por essa situação me fez a pergunta que muitos fazem: “O que fazer para que ele venha?”. Infelizmente, mudar comportamento de “marmanjo velho” é quase impossível. Neste caso, a sucessão deverá partir para familiares com grau de parentesco um pouco mais distante: neto, sobrinho, e assim adiante. Outros tomam medidas mais sustentáveis tais como abrir capital e compartilhar as ações da empresa para garantir sua continuidade no mercado.

Empresários: o importante é despertar nos seus sucessores o interesse e principalmente o amor pela profissão e pelos negócios da empresa desde cedo. A proximidade entre o sucessor e a empresa é uma relação que deve ser construída desde o berço. E um fato que nunca pode ser deixado de lado: a aproximação deve ser natural e não forçada.