Encontramos no mercado inúmeras empresas familiares de médio e grande
porte que cresceram e se destacaram no mercado. Carregam com elas grandes
marcas e empreendedorismo de sucesso.
Um desastre notório em Minas Gerais chamou a atenção dos brasileiros
com tragédia envolvendo o sócio fundador da Vilma Alimentos e seus executivos.
Alem da comoção, muitos pensaram: o que será do futuro dessa empresa tão bem
aceita no mercado? O susto foi maior com anuncio rápido da posse da presidência
de sua filha. Em primeiro momento muitos pensaram: “essa empresa não vai
sobreviver” ou “essa pessoa não cuidará
de entregar o recado”.
Engano de muitos. A filha já vinha sendo preparada há anos para assumir
o posto mais alto da Vilma Alimentos. E o mais importante: o planejamento
estratégico e de gestão da empresa permitiu que tal mudança ocorresse com tanta
rapidez que não foi possível o mercado sentir pesar por muito tempo.
Esse assunto me chamou a atenção para a necessidade das empresas implantarem o Plano
de Sucessão Familiar. Alguns donos de impérios conseguem isto com maior
facilidade, despertando notoriamente o interesse de sua prole em continuar com
a administração dos negócios familiares. Porem, prestando consultoria a
diversas empresas estou observando que alguns outros empresários encontram
dificuldades grandes em atrair seus descendentes para os negócios da empresa,
e, essa por sua vez essa corre um enorme risco de ser enterrada junto com seus sócios
fundadores. Neste caso, a síndrome do pai rico e filho pobre fica clara sob
duas linhas:
ü
O filho que deseja seguir outra carreira que não
a dos pais mas depende financeiramente deles;
ü
O filho que não tem interesse em seguir carreira
alguma mas na ausência do pai assumirá sim a gestão da empresa visando
unicamente a manutenção do seu dinheiro e padrão de vida;
Em ambos os casos o fim da empresa está decretado. Recentemente um
empresário que passa por essa situação me fez a pergunta que muitos fazem: “O
que fazer para que ele venha?”. Infelizmente, mudar comportamento de “marmanjo
velho” é quase impossível. Neste caso, a sucessão deverá partir para familiares
com grau de parentesco um pouco mais distante: neto, sobrinho, e assim adiante.
Outros tomam medidas mais sustentáveis tais como abrir capital e compartilhar
as ações da empresa para garantir sua continuidade no mercado.
Empresários: o importante é despertar nos seus sucessores o interesse e
principalmente o amor pela profissão e pelos negócios da empresa desde cedo. A
proximidade entre o sucessor e a empresa é uma relação que deve ser construída
desde o berço. E um fato que nunca pode ser deixado de lado: a aproximação deve
ser natural e não forçada.