Seguidores,
Uma notícia hoje surpreendeu o mercado logo cedo: Roger Agnelli, executivo presidente da Vale durante 10 anos será substituído nos próximos dias por Murilo Ferreira.
A forma súbita de repercussão no mercado gerou consequências sérias ao governo. Todos nós sabemos que o Lula absorvia uma impessoalidade aparente com Roger. Em alguns momentos acreditei que uma cúpula "discreta" seria formada para derrubá-lo do poder. Mas, o que intrigou a todos foi a troca de favores que levou o grande Roger ao fim da sua história na maior mineradora do mundo. Fontes afirmam que o Ministro da Fazenda interviu junto ao presidente do Bradesco para tal ato. O que presenciamos é a intervenção direta do governo (apesar de ser acionista da Vale) na decisão de uma empresa privada. Não seria mais fácil o governo tentar os meios normais como mero acionista, evitando que a pessoalidade tomasse tamanha veracidade? A "guerra" aparente entre Lula e Roger iniciou em meados de 2008 quando a crise levou a Vale a demitir mais de 2 (dois) mil colaboradores. Isto não ressoou bem no mercado e muito menos no humor do então presidente. Lula, eu como executiva, diante do fato, também pensaria em enxugar o custo da empresa para alinhar a sua receita do que fazer o gosto do presidente e declinar minha carreira em poucos anos... A decisão foi tão correta que a empresa se tornou a segunda maior mineradora do mundo e faturou seu recorde no ano passado: 30,1 bilhões. Isto é iniciativa de executivo de peito!
Independentemente do ato, venho manifestar agora a decisão sobre a escolha de Murilo Ferreira. Para surpresa de muitos, não minha, ele sempre foi um grande executivo do grupo Vale, ocupando diretorias e presidências como por exemplo a INCO/Canadá, mas sempre sem ser o destaque. O medo do mercado mais uma vez aparece com a escolha do perfil do novo executivo: a decisão de substituir um executivo agressivo por um executivo moderado - ou quase imperceptível - seria governamental ou estratégia empresarial? Não estou dizendo que o Murilo não tenha a capacidade de superar o Roger e muito menos defendendo o Roger. Para falar a verdade estive na Vale no período em que ele presidiu e também discordo de algumas decisões da época. Isto o Murilo vai provar com o tempo.
Veremos os próximos passos!
Shirley Cipriano.
Uma notícia hoje surpreendeu o mercado logo cedo: Roger Agnelli, executivo presidente da Vale durante 10 anos será substituído nos próximos dias por Murilo Ferreira.
A forma súbita de repercussão no mercado gerou consequências sérias ao governo. Todos nós sabemos que o Lula absorvia uma impessoalidade aparente com Roger. Em alguns momentos acreditei que uma cúpula "discreta" seria formada para derrubá-lo do poder. Mas, o que intrigou a todos foi a troca de favores que levou o grande Roger ao fim da sua história na maior mineradora do mundo. Fontes afirmam que o Ministro da Fazenda interviu junto ao presidente do Bradesco para tal ato. O que presenciamos é a intervenção direta do governo (apesar de ser acionista da Vale) na decisão de uma empresa privada. Não seria mais fácil o governo tentar os meios normais como mero acionista, evitando que a pessoalidade tomasse tamanha veracidade? A "guerra" aparente entre Lula e Roger iniciou em meados de 2008 quando a crise levou a Vale a demitir mais de 2 (dois) mil colaboradores. Isto não ressoou bem no mercado e muito menos no humor do então presidente. Lula, eu como executiva, diante do fato, também pensaria em enxugar o custo da empresa para alinhar a sua receita do que fazer o gosto do presidente e declinar minha carreira em poucos anos... A decisão foi tão correta que a empresa se tornou a segunda maior mineradora do mundo e faturou seu recorde no ano passado: 30,1 bilhões. Isto é iniciativa de executivo de peito!
Independentemente do ato, venho manifestar agora a decisão sobre a escolha de Murilo Ferreira. Para surpresa de muitos, não minha, ele sempre foi um grande executivo do grupo Vale, ocupando diretorias e presidências como por exemplo a INCO/Canadá, mas sempre sem ser o destaque. O medo do mercado mais uma vez aparece com a escolha do perfil do novo executivo: a decisão de substituir um executivo agressivo por um executivo moderado - ou quase imperceptível - seria governamental ou estratégia empresarial? Não estou dizendo que o Murilo não tenha a capacidade de superar o Roger e muito menos defendendo o Roger. Para falar a verdade estive na Vale no período em que ele presidiu e também discordo de algumas decisões da época. Isto o Murilo vai provar com o tempo.
Veremos os próximos passos!
Shirley Cipriano.
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