terça-feira, 29 de março de 2016

Deterioração do Emprego no Brasil – O que fazer?

Estima-se que entre 2015 e 2016 o nível de desempregados no Brasil chegue ao patamar de 2 milhões de pessoas. Este não é um número recorde de desemprego, mas, em dois anos, sim, são números recordes de escassez do mercado de trabalho em tão pouco tempo. Isto significa que 10,5% da população brasileira economicamente ativa estará desempregada. Se pensarmos que 3 a cada 10 destes desempregados são chefes exclusivos de família, ou seja, detentor da única fonte de renda familiar, estimamos que 30 milhões de brasileiros venham a enfrentar dificuldades financeiras até dezembro de 2016. Estamos falando de 15% da população brasileira em dificuldades.

Afirmo com veemência que hoje, às vésperas de abril/2016, você não conheça alguém próximo que enfrenta o desemprego e ou as dificuldades financeiras do desemprego. É um efeito em cascata incontrolável. Se a economia não anda bem, o emprego também não. Não existe setor neste momento que não tenha sofrido a desaceleração. Todos os setores econômicos do país estão em processo de recessão.

O efeito concomitante se dá pelo fato de coincidentemente estarmos no auge da maior explosão da população com idade produtiva (o bônus demográfico), no qual deparamos com uma enorme quantidade de jovens disponíveis sem oferta de emprego. A nossa juventude está desempregada. A nossa juventude está tecnicamente capacitada - devido a acessibilidade à escolas técnicas e faculdades promovidos pelo governo nos últimos dez anos – e tecnicamente desempregada. Capacitamos mas estamos momentaneamente impedidos de gerar empregos. Estamos desperdiçando mão de obra. Também vivenciamos um momento doente de nossos brasileiros: baixa auto estima, doenças de caráter emocional decorrentes do baixo poder aquisitivo e da desaceleração contínua do consumo. Sim, os brasileiros foram acostumados a consumir nos últimos anos. A sociedade brasileira tornou-se escrava do consumo, do capitalismo.

Enquanto o país política e financeiramente tenta se organizar, os brasileiros também precisam “se virar” pela sobrevivência. Os profissionais altamente gabaritados para cargos de gerência / executivos, se esforçam em investir alto em empresas de recolocação aonde a procura está infinitamente superior a oferta. As empresas oportunistas também aproveitam para rebaixar o salario, contribuindo para a queda de renda média mensal de cargos, e, consequentemente a renda média mensal dos brasileiros, sentiremos isto lá na frente, quando este furacão passar. O tempo de recolocação também aumentou em média 40%.

Aos demais profissionais, outras alternativas são cotadas. A reengenharia e o poder de criatividade do brasileiro está salvando muitos lares. As pessoas criam fontes indiretas de subsistência, somam parcerias, inventam e reinventam produtos. Gerentes fazendo quentinha, técnicos ensinando vocações particulares, assistentes administrativos executando serviços operacionais e pesados. Enfim, níveis de ego e orgulho vão se quebrando, ou não..

A evasão de jovens para outros países também é grande. Talvez essa seja uma ótima hora para quem tem alguma ou pouca economia: investir em intercâmbio fora do país. Quem faz isto pode e deve se arriscar a também trabalhar além de aprender uma outra língua. É uma alternativa altamente viável para os jovens profissionalizados sem experiência.

Já aos demais, parceria e união serão fundamentais para a sobrevivência na turbulência: reduzir alugueis, trocar 100 metros quadrados por abas de 10 metros quadrados dividindo espaço e custos/despesas fixas com mais empresas e pessoas (có working), trabalhando em casa, reduzindo o preço do serviço, sim, reduzindo a margem de lucro, facilitando formas de pagamento, criando flexibilidades, desfazendo  bens, desenriquecendo, enfim, descendo do salto.

Talvéz neste momento, o que levará os brasileiros a se manter neste período será descer as escadas do ego e aumentar os degraus da humildade.


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quarta-feira, 15 de abril de 2015

O que é o projeto de terceirização? Para que você entenda e se posicione.

Na última semana estamos ouvindo discussões profundas sobre a tal PL 4330/04. E também diversas manifestações pelo pais repercutem mais a discussão. Mas, afinal o que é o Projeto de Terceirização de Serviços que está em pauta na câmara dos deputados?  Muitos brasileiros não estão optando por ainda não compreenderem na essência o que o projeto significa.

Pois saiba que é de extrema importância tomar conhecimento da questão e se posicionar pois tal mudança pode modificar completamente as relações de trabalho no país. Não estou dizendo que a alteração será prejudicial ou benéfica, digo apenas que trará mudanças severas no comportamento das empresas.

Atualmente, qualquer empresa pode terceirizar o seu serviço desde que não seja a sua atividade principal ou fim. Uma empresa que fabrica automóveis pode terceirizar a limpeza, a vigilância , a segurança, as peças, a manutenção, mas, não pode terceirizar os trabalhadores da linha de montagem. É importante entenderem essa concepção inicial da legislação trabalhista.

Com a aprovação do novo Projeto de Lei 4330/04, as empresas passam a ter  o direito de terceirizar qualquer atividade da sua empresa, incluindo, a atividade principal, inclusive sociedades públicas. Qual o motivo de tanta discussão?

1.                        Pessoas que vivenciaram ou já trabalharam em empresas terceirizadas reclamam do desinteresse tanto da contratante como da contratada de capacitá-los, orientá-los e direcioná-los. Estes profissionais sentem-se “cobaias” do mercado, muitas vezes diminuídos pelas empresas contratantes. Estes profissionais alegam também que a empresa terceirizada no qual trabalham não preocupam com desenvolvimento de carreira, formação profissional e bem estar dos colaboradores, incluindo uma boa política de benefícios e plano de carreira, e, o turnover é alto nestas organizações.
2.                        O volume de reclamações trabalhistas na Justiça do Trabalho também é alto pois muitas empresas vivem de licitações e contratações e não se preocupam com a continuidade da empresa. Quando essas perdem a concorrência após um período de prestação de serviços, o risco de inadimplência com o empregado aumenta. Muitos não recebem os seus direitos fins como uma rescisão digna com os seus encargos. E, por mais que a justiça  seja feita e haja julgamento, diversas dessas empresas não possuem condições de quitar os acordos trabalhistas, não tendo sequer bens para garantia/penhora. Infelizmente, o grau de comprometimento do empresário terceirizado ainda não chegou neste nível de embasamento, e, as empresas contratantes, apesar de serem responsáveis por fiscalizar, não atuam severamente neste âmbito junto aos prestadores de serviço.
3.                        A sociedade teme o rebaixamento do nível técnico e de especialização no mercado. O grau de exigência por profissionais de alta excelência podem reduzir, prejudicando o incentivo às pessoas de estudar, se especializar e se desenvolver. Isto é dado a segurança que as empresas contratantes terão de “exigir” a substituição imediata de um profissional que não a atenda, não tendo vínculo emocional e ou pessoal. E do outro lado, a contratada sendo obrigada a sempre ter uma “carta na manga”, passará a ter profissionais nem sempre qualificados para preencher tal cargo, porém disponíveis para uma possível substituição. O mercado de trabalho pode virar uma verdadeira “fila de espera”, e, uma vez que as regras de benefício do Seguro Desemprego mudaram, os trabalhadores perdem significativamente sua estabilidade, e, correm o risco de estarem num curto prazo disponível novamente no mercado, sem nenhuma garantia de salário.
4.                        Por outro lado, enxergamos uma grande possibilidade de crescimento no mercado de prestação de serviços. Novas empresas podem surgir com profissionais de nível técnico e de especialização para suprir a demanda terceirizada das empresas. É a oportunidade para novos empresários, novos negócios e novas perspectivas. As empresas sérias que se solidificarem de forma concisa sobreviverão e se destacarão no mercado, sendo modelos de gestão e excelência.
5.                        Há aqueles que defendem também que o grau de competitividade tanto dos profissionais quanto das empresas aumentarão, obrigando consecutivamente que as terceirizadas se especializem e contratem os melhores profissionais e ao mesmo tempo continuem investindo em sua carreira e desenvolvimento para estar no mesmo nível do concorrente. Mas como toda via de mão dupla, iremos deparar com o empresário contratante que terá a terceirização apenas com o olhar de “economia de custos”, se ridicularizando a buscar as terceirizadas mais baratas que consecutivamente poderão não ter uma boa qualificação.
6.                        O maior gargalo é risco é o sistêmico social e político uma vez que a lei se abrange à sociedades públicas tais como fornecedoras de energia elétrica, água e esgoto e até entregas (correios), entre outros. A “brecha” que se dá para o aumento de propina e corrupção é muito alta em um país que historicamente não atingiu um grau de maturidade de política séria e sustentável.

Enfim, o assunto não trata apenas de uma aprovação de lei, mas sim, de vários ajustes, pontos, regras e exceções que precisam ser trabalhadas para que uma melhoria não vire o caos. Pelo que vimos, este projeto de lei já tramita há dez anos e ainda precisa ser estudado e calmamente pautado antes de uma aprovação definitiva.

Espero ter ajudado !


         Shirley Cipriano.
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quinta-feira, 26 de março de 2015

As dez habilidades do profissional de 2020

A Universidade de Phoenix nos Estados Unidos estudou e mapeou as dez competências que as empresas de 2020 exigirão dos profissionais. O avanço da tecnologia e das novas relações de emprego caminha para novas relações de convivência e desenvolvimento do trabalho. Por isto, não há discriminação na pesquisa com relação à tipos de empresa. A Universidade Phoenix diz, todos, todos os tipos de empresa.
1 - CRIAÇÃO DE SENTIDO: saber identificar o significado mais profundo do que está sendo dito ou feito. É a capacidade rápida de interpretar o que o interlocutor diz: pensar e agir rápido. Esta habilidade caminha para a extinção de pessoas prolixas ou ainda confusas na interpretação de textos, falas e gráficos. Por isto, comece rapidamente a desenvolver a habilidade de interpretação de leitura gráfica e gramatical de maneira mais rápida. Exercite o seu cérebro.
2 – INTELIGÊNCIA SOCIAL: capacidade de se comunicar com todos os tipos de pessoas/etnias de maneira rápida e direta. Isto vai além do domínio de outras línguas, mas também, um profundo conhecimento de crenças e valores de diversas sociedades existentes no mundo. Como adquirir essa habilidade? Desenvolvendo o hábito pela leitura, reportagens e documentários geográficos.
3 – PENSAMENTO ADAPTATIVO E INOVADOR: é a ousadia de apresentar novas ideias bem como experimentá-las. Sim, ideais inovadoras. O mercado está cansado do mesmo. Este mercado está carente, doente de pessoas que tenham ideias totalmente inusitadas e porque não dizer, malucas para os padrões atuais. As empresas com tais profissionais criadores e inovadores (desde o chão de fábrica até o produto final) sairão à frente do mercado em 2020.
4 – COMPETÊNCIA CROSS CULTURAL: adoro esse termo ! Vem de encontro ao item 2 – saber se adaptar a diferentes ambientes culturais. Conheço profissionais que abandonaram grandes cargos por não se adaptarem à culturas diferentes quando submetidos a experiências em outros países/culturas. Saiba que a melhor maneira de desenvolver essa habilidade é banir o preconceito enraizado dentro de você: saber respeitar outras crenças, religiões, hábitos, culinárias e modismos regionais é essencial para ter um diferencial Cross Cultural. Não quer dizer que você viverá exatamente a vida de outras etnias, mas que, à partir do momento em que você encarar essas diferenças como normais, o impacto cultural de outra sociedade não será impedimento para você se destacar e seguir em frente.
5 – PENSAMENTO COMPUTACIONAL: acertou quem pensou em ter um cérebro de computador ! É óbvio que é impossível raciocinar com a mesma rapidez dos pc’s, mas, que raciocinar rapidamente será um diferencial, sim, será. Desenvolve-se essa habilidade exercitando o cérebro, a memorização. Cursos de leitura dinâmica são válidos para exercitar o cérebro.
6 – ALFABETIZAÇÃO EM NOVAS MÍDIAS: estamos caminhando com uma nova geração que trabalha em redes sociais e vê nelas uma forma de subsistência, como comer, vestir e dormir. É necessário e urgente sim estarmos antenados às novas relações de redes e mídias sociais para que a introdução do marketing digital seja realidade em sua empresa.
7 – INTERDISCIPLINARIDADE: chega de ficar focado somente em sua área de formação. É necessário conhecer uma quantidade razoável sobre todas as áreas, mesmo aquelas que não gostamos ou nos interessamos: saúde, esporte, cultura, lazer, atualidades, política, finanças, artes, tecnologias, moda, tendências. Novamente: leia, assista, viaje, faça intercâmbio, leia.
8 – MENTALIDADE LÓGICA: criar lógica de realização no trabalho através de etapas: o que é necessário, o que demanda tempo, o que pode esperar. Determinar cronologia de execução dessas atividades para fazer mais em menos tempo. Novamente, trabalhar com o cérebro de um computador.
9 – GERENCIAMENTO DE CARGA COGNITIVA: saber filtrar o que é informação necessária do que não é necessário e ter foco. Muitos profissionais se perdem no trabalho quando não possuem a capacidade de identificar o que é informação elementar do que é lixo, e, consequentemente, anda em círculo sem de fato, finalizar a tarefa.
10 – COLABORAÇÃO VIRTUAL: o "home office" chegou para ficar. Equipes virtuais também chegarão para ficar. Primeiramente o profissional para chegar ao nível de trabalhar em uma equipe virtual precisará primeiramente desenvolver a habilidade de trabalhar em equipe, dividindo tarefas e compartilhando informações e conhecimento. Após essa prova, ele estará preparado para desenvolver trabalhos em grandes grupos virtualmente. O fato é que estudos apontam que em 2020, 30% do quadro das empresas estarão trabalhando de maneira virtual. Então prepare-se.
Boas habilidades !
Shirley Cipriano.

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Dez Dicas de Comportamento Profissional nas Redes Sociais

     As redes sociais viraram moda.

A nova moda dita regras básicas de convivência social e profissional que devemos ter. O fato é que muitas pessoas estão confundindo ou misturando rede de relacionamento pessoal com rede de relacionamento profissional. Numa mesma página ou perfil são adicionados familiares, parentes, amigos, colegas de trabalho, parceiros de profissão, e, até mesmo, pessoas que desconhecemos mas que adicionamos pelo simples fato de ser indicação ou conhecido de um amigo. Cuidado !

Quando não mais se segrega o perfil de amigos em redes sociais, o cuidado com as postagens deve ser redobrado para que os "micos" não virem rotina. Infelizmente, fato muito comum atualmente. Eis  dez dicas:

1. Evite falar mal da empresa ou dos seus superiores:
Feio isto não é mesmo? As pessoas não precisam saber das suas insatisfações e rancores. Além de ser uma atitude antiética, é também um forte convite à uma demissão. Hoje é comum superiores imediatos e colegas de equipe  convidarem os seus subordinados para serem amigos. É claro que uma pacata minoria faz um convite por consideração. É óbvio que a grande maioria tem o único interesse em saber um pouco mais da sua vida pessoal. Aceitar ou não? É claro que você deve aceitar !  É deselegante não aceitar o convite de uma pessoa na qual você convive com ela a maior parte do seu tempo.

2. Fotos Sensuais:
Se a sua rede de relacionamentos é mesclada, não é indicado a postagem de fotos sensuais -  aquelas de fio dental, sungas transparentes, poses sensuais, e até o vulgar beijinho entre diversos outros horrores que já vimos. Quanto maior o nível profissional em que esta pessoa estiver, menor deverão ser estes tipos de postagens. Afinal de contas, por que você posta isto? Não é no mínimo estranho?

3. Vida Social e lucidez:
Todos devem ter vida social. O ser humano necessita disto. Mas, é realmente necessário postar sempre fotos de festas, bebidas alcoólicas e embriaguez? A vida é sua e você pode fazer dela o que bem quiser, mas não precisa ser um reality show. Mantenha a sua privacidade. Aliás, eduque-se em inutilizar as redes sociais quando estiver levemente alterado. Caso esteja no meio de amigos que gostam de tirar fotos e postar flashes a cada minuto, se dê no direito de não autorizá-lo a postar e marcar as suas fotos. Algumas redes sociais já trabalham com recursos de analisar/autorizar marcações e postagens em sua página. Só vai à público o que você permitir. Use e abuse deste recurso.

4. Fotos e mais Fotos:
Fotos demasiadamente cansam. Tenho alguns amigos na rede de relacionamento que postam fotos acordando, fotos comendo, fotos de comida, fotos andando, fotos novamente andando, selfies de manhã, à tarde, e à noite. Cansativo, monótono e desnecessário. Que profissional é este que tem tanto tempo assim para utilizar as redes sociais? Cuidado com os micos ! Novamente, utilize o recurso de não visualizar as postagens deste usuário.

5. Não convide pessoas sem ter intimidade:
Um certo dia, fiz uma reunião de negócios com investidores e bancários para tratarmos de interesses de um cliente. Verificando a minha página em casa à noite, visualizei um convite de uma das pessoas que havia conhecido naquele dia. Logo pensei: ou ela tem tempo de sobra ou não tem "desconfiômetro". Que pessoa o conhece de manhã e já é sua amiga à noite? Analise bem este tipo de convite antes de aceitar. Este exemplo serve também para você: não saia adicionando imediatamente as pessoas que mal recorda o nome.

6. Bate Papo e paquera:
Eis outra grande confusão. Algumas pessoas com tempo ficam com as luzes de alerta ligadas no bate papo esperando você entrar. Não prolongue conversas em bate papos de redes sociais. Se não tem interesse em utilizar o bate papo, desative-o totalmente ou habilite-o APENAS para as pessoas que realmente você tenha vontade em bater um papo de vez em quando on line. Seja objetivo e direto nas respostas deixando claro para a outra pessoa que ali não é o melhor lugar para falar de trabalho, fofocas e desabafos. Algumas fofocas e desabafos se tornam tão sérias que as pessoas começam a criar relações mais íntimas com os outros prejudicando totalmente as relações de trabalho, as parcerias e a  imagem.

7. Segundas, sextas e feriados:
Como é insuportável aquelas pessoas que vivem a postar: "Graças a Deus a sexta-feira chegou", "Triste: hoje é segunda", "meu sonhado feriado chegou", e por aí adiante. Dá a impressão que a pessoa vive só para descansar e que o trabalho não compensa. Evite estes comentários.

8. Check in e check out:
Ultimamente estou educadamente utilizando o recurso de não visualizar as postagens de algumas pessoas. É muito prático, e melhor, a pessoa não fica nem sabendo que você não está visualizando as suas postagens: amigos para sempre! É exatamente aquelas pessoas que fazem check in e check out a cada deslocamento: partiu Academia, partiu trabalho, partiu faculdade, partiu casa, partiu shopping, partiu restaurante. Este tipo de pessoa deixa a impressão de solidão e isolamento e nos leva a ter questionamentos sérios sobre a sua personalidade. Que ser humano é este que é incapaz de ficar um único dia sem informar o que está fazendo?

9. Mensagens vagas:
Bom dia! Boa Tarde! Boa Noite ! Dia ruim! Dia Triste! Que raiva! Vontade de matar um! Manhã Maravilhosa ! Excelente tarde ! Tudo bem, é claro que teremos dias em que a felicidade ou a tristeza nos levará a compartilhar com os outros o nosso sentimento, mas, TODO DIA? Mais uma vez este tipo de comportamento demonstra uma monotonia e a impressão de uma pessoa vazia. Se dê ao luxo de postar seus sentimentos sim, mas moderadamente não é mesmo? Ficar martelando diariamente seu status é totalmente desagradável.

10. Separe seus amigos em grupos
A ideia de ter duas ou mais contas em redes sociais também é totalmente deselegante e demonstra um caráter duvidoso. Os recursos de agrupar as pessoas pode ser um grande aliado para você que quer selecionar quem ver e o que ver no seu mural. Como sugestão, crie alguns grupos: família, parentes, colegas de trabalho, amigos íntimos, amigos distantes, relacionamento profissional, clientes, fornecedores, X9, network, etc. Automaticamente, ao postar, você poderá limitar quais pessoas poderão ver e compartilhar aquela sua postagem evitando os grandes micos acima. Se estiver de férias em uma praia paradisíaca e sentir vontades de postar uma foto sua de biquíni, tudo bem, que o faça: mas ali, você compartilhará entre família e amigos. Quer fazer um comentário à respeito da política, economia, ou assuntos profissionais sem correr o risco de um pentelho, sem noção, apontar comentários desnecessários e deselegantes em sua postagem? Selecione o público que você permitirá ter acesso a esta postagem. Não é muito ruim as pessoas comentarem as suas postagens com insinuações desnecessárias, erros de português (vergonhoso) ou assuntos totalmente diferentes do comentário principal? Isto queima não somente a sua imagem como também a imagem do pobre coitado que não tem nem noção do que está comentando.

Enfim, as redes sociais estão aí, são tendência e vieram para ficar. O mais importante é o profissional ter disciplina para manuseá-las para que o perfil ou "raixo-x" que possam fazer de você seja totalmente contrário à imagem que você queira passar!

Bons relacionamentos sociais!

SHIRLEY CIPRIANO
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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

O Mercado estagnou, você não.



    Há meses já venho falando sobre as tendências do desaquecimento do mercado em geral em 2015. Apesar de muitos terem lido ou visto diversos assuntos, a devida importância só está sendo dada neste momento em que muitos profissionais e empresas estão vivendo exatamente essas consequências.

    O ano de 2014, especificamente no Brasil, induziu o consumismo desenfreado no primeiro semestre e a retaguarda no último trimestre. Carnaval, Copa do Mundo, Eleições ... Os brasileiros viajaram, se endividaram, torceram... A crise começou em meados de julho, mas ainda era muito cedo para se pensar em algo pior pois absurdamente o país cruzou os braços: "Vamos esperar as eleições". Ouvi isto de inúmeras pessoas/empresas que diziam que aguardariam o resultado das eleições para se tomar atitude, como se um partido fosse surpreendentemente mudar a economia em curto prazo. Enfim, o resultado de muitos fatos que ocorrem hoje são mais especulações/retaliações do que dados reais. Bom, deixemos a política de lado.

    Em resumo, o que vemos agora, é o PIB diminuindo, os juros aumentando, os brasileiros se endividando e se desempregando. A indústria automobilística inicia 2015 com um alto índice de demissões. O comercio atacadista e varejista teve o pior desempenho comercial dos últimos 3 anos (dados divulgados pela FGV em 05/01/2015). Afinal, o que se fazer nesta hora? Algumas atitudes e decisões são fundamentais.

    Para o empregado:

    1. É comum as empresas reduzirem o quadro de pessoas para conter a turbulência. Os serviços são compartilhados e as funções acabam-se por misturar. Mantenha-se motivado buscando aprender ao máximo as rotinas / tarefas do outro setor como forma de garantir sua empregabilidade, e, também, de aprendizado. Não é hora de resmungar e sim de "arregaçar as mangas" e trabalhar na coletividade. Desempenhe o melhor trabalho do melhor profissional que existe dentro de você.

    2. Não é hora de pleitear aumento salarial. O trabalho aumentou? Sim, mas, entenda que neste momento, a empresa precisa de você para superar a crise. Não se preocupe demasiadamente com reconhecimento financeiro neste momento.

    3. Entenda o cenário econômico: uma crise gera um efeito em cadeia mas jamais será multilateral. Existem alguns setores que apesar de toda a crise ainda vislumbra oportunidades. Caso perceba um certo risco no emprego, não perca tempo em sondar as oportunidades reais do mercado.

    4. Invista na sua educação e no seu profissional: aproveite para se especializar para quando o mercado reaquecer você estar à frente e totalmente competitivo com os seus concorrentes. Procure MBA, pós graduações e até especializações técnicas na sua área. Invista em você.

    5. Ter paciência para tomar as melhores decisões é fundamental para o profissional não se atropelar e tomar atitudes que o levarão à consequências desastrosas futuramente. Muitos profissionais com receio do desemprego já iniciam uma caçada desesperadora por um outro emprego e toma decisões totalmente erradas ou equivocadas. Paciência.

    6. É a hora de aproveitar o Network sem ser oportunista. Se você tem uma boa rede de relacionamentos, está na hora de sondar o mercado e as oportunidades. Mas, por favor, não seja oportunista: não comece agora contatos com pessoas que você por puro desinteresse deixou de conversar há muito tempo. É deselegante e demonstra desespero.

    Para as empresas:

    1. Aperte os cintos: não é momento de contratar a não ser  que seja  contratações  oriundas de um bom planejamento estratégico para crescimento, feitos cautelosamente. O ideal a se fazer é suprir os talentos internos e aproveitar o máximo deles segregando as tarefas dentro das equipes.

    2. Cuidado com a perda de talentos: muitas empresas demitem baseando em salários e não em retorno. Já vi diversas empresas perdendo excelentes talentos humanos e comprometendo seriamente as atividades por decisões baseadas apenas em capital. É preferível reduzir a margem e manter talentos, do que perder talentos e a margem consecutivamente.

    3. Refaça seu orçamento, planeje seu fluxo de caixa. Não é momento de trabalhar visões de curto e médio prazo otimistas. Para continuidade da empresa e para sobrevivência no período de caixa enxuto, trabalhar com a pior das hipóteses é fundamental e necessário para evitar surpresas.

    4. Analise o tempo todo o seu concorrente. Mire-se no seu concorrente e verifique todos os seus passos. Procure saber se ele está melhor ou pior que você, quais as atitudes governamentais/empresariais que ele está praticando na crise, quais recursos ele utiliza, etc.

    5. Fortaleça a união das equipes. Neste momento a "rádio peão" fala mais alto e é importante que os líderes / gestores trabalhem a harmonia no clima. Isto parte de cima para baixo.

Um excelente 2015 e que todos possamos superar a crise com sabedoria!

Shirley Cipriano

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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Não Fique Estagnado Diante da Crise

Somente ontem, três profissionais de segmentos diferentes vieram me relatar a recessão econômica e a desaceleração das empresas em que trabalham: duas anunciaram redução no quadro e a terceira empresa ainda vive um momento de grande especulação interna e rádio peão.

Não sou pessimista, sou apenas uma profissional da área que estuda minuciosamente o comportamento do mercado, e, quem acompanha o meu blog há mais tempo sabe que venho acenando para um 2014 e 2015 com grande preocupação. Os números já mostravam: as manifestações desde 2013 já apontavam indícios de crise social/econômica, o PIB de 2013 fechou 0,2% abaixo da expectativa do governo, os índices de desemprego no país no primeiro semestre de 2014 declinavam, depois de 16 anos o Ministério do Trabalho informava em junho que foram criadas apenas 25.000 vagas de trabalho no mês. O governo já redimensionou o PIB (a soma de todas as riquezas do país) várias vezes e agora a projeção é de apenas 1,8% para 2014. Este número já foi 2,5%.

O que o profissional deve fazer?

1)                      Primeiramente, entender e conhecer o cenário e o mercado é fundamental para dar o primeiro passo. Isto porque cada setor caminha de uma forma diferente: algumas segmentações estão mais abatidas que outras. É hora de se envolver com jornais e revistas e entender melhor quem cresce, quem cai e quem não corre o risco de sofrer com a crise. Essa leitura do mercado é fundamental para você profissional fazer o replanejamento de carreira.
2)                      Como conselho, O ÚNICO INVESTIMENTO QUE NESTE MOMENTO COMPENSA ASSUSTADORAMENTE é a educação. Enquanto o mercado não busca profissionais você tem condições  de se preparar para quando a economia aquecer, tendo total condição de disputar as melhores vagas. Não pare de estudar e, para quem ainda não está estudando, invista em seus estudos.
3)                      NETWORKING ainda é tudo. Sua rede de contatos precisa sempre ser mantida. Porém, você não pode ser aquele profissional oportunista e inconveniente que só lembra de uma pessoa quando precisa. As redes sociais se bem usadas estão aí para você manter o seu network, muito mais do que postar fotos. Mantenha-se no mercado, mantenha contato contínuo com ex-colegas de trabalho. Estes muitas vezes o indicarão para futuras oportunidades e o tirarão do sufoco. O resultado vai levar em consideração qual o seu nível de bom relacionamento em empregos anteriores.
4)                      NÃO SE DESESPERE: a paciência é tudo. O descontrole o impede de selecionar com maior criticidade o necessário do supérfluo e isso pode levar o profissional a caminhos estreitos, difíceis de voltar, senão engatando uma ré. Uma ré numa rua estreita é muito difícil. Por maior que seja a falta de transparência da empresa com relação ao cenário, não é o momento de grandes pressões sobre as decisões da alta gestão, de se antecipar e pedir demissão e de até de criticar a falta de atitude da empresa: muitos empresários ainda estão perdidos sem saber o que fazer.
5)                      Tenha objetividade: apesar do desespero não é interessante aceitar a primeira vaga que aparecer temendo problemas financeiros. Como sempre falo, é bom ter o perfil de empresas que você tem simpatia em trabalhar: número de empregados, posição no mercado, estilo de liderança, tipo de sociedade, etc, para depois não viver uma segunda crise: o desapontamento por escolher a empresa errada e ter que se queimar no mercado em busca de outra recolocação.

Shirley Cipriano